Paulo Liebert/AE
Marcos Camacho, o Marcola, é considerado um dos chefes do PCC
Davi Franzon, do Metro
São Paulo pode enfrentar nova onda de ataques do PCC contra a polícia, como os que ocorreram em maio de 2006, devido à falta de ações do Estado para combater a facção criminosa nos últimos cinco anos. É o que diz o estudo “São Paulo sob Achaque”, divulgado ontem pela ONG Justiça Global, em parceria com a Universidade de Harvard.
Segundo os pesquisadores, o quadro atual da segurança pública no Estado é semelhante ao de 2006: prisões superlotadas e controladas pelo PCC, polícias vulneráveis a ataques e um número expressivo de casos de corrupção e execução envolvendo policiais.
“Os dados mostram que uma nova onda de violência é possível na capital e na grande São Paulo”, diz Fernando Delgado, advogado da Clínica de Direitos Humanos de Harvard. Para justificar as previsões, Delgado aponta que oprimeiro trimestre desse ano, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, teve mais mortes de policiais militares em serviço do que o registrado nos três meses que antecederam os ataques de 2006.
Além disso, as prisões que enfrentaram rebeliões há cinco anos registravam superlotação de 147% acima de sua capacidade. Hoje, a ONG afirma que as mesmas unidades enfrentam uma superlotação de 195%.
Em relação à corrupção, que segundo o estudo teria sido o motivo dos ataques de 2006, Fernando diz que pouco é feito para punir os envolvidos nesse tipo de crime e que as condenações não atingem a cúpula da Segurança Pública.
fonte: http://www.band.com.br/jornalismo/cidades/conteudo.asp?id=100000429752
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