Avenida Independência, perto do Borel, vive boom de novos estabelecimentos comerciais
O governador Sérgio Cabral inaugura agência de um banco privado na Cidade de Deus
A política de segurança implantada recentemente no Rio de Janeiro está trazendo bons frutos às comunidades com UPPs (Unidades de Policia Pacificadora), pelo menos quando se trata de melhorar a atividade econômica dessas regiões. Apesar de a primeira unidade ter sido inaugurada em dezembro de 2008, no morro Santa Marta, o boom nos negócios se intensificou apenas nos últimos 12 meses.
Nesse período, os estabelecimentos legalizados cresceram consideravelmente, contabilizando mais de 1.500 empresas em doze comunidades. Atualmente, o número de UPPs instaladas são 14, mas já há previsão de instalação de mais três após a tomada do Complexo do São Carlos.
Essa legalização maciça foi alcançada com ajuda do programa Empresa Bacana, elaborado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), em parceria com a prefeitura do Rio e o Sindicato dos Contabilistas.
No geral, os serviços que estão garantindo lucros e aumento nas cifras das empresas estão ligados, principalmente ao setor de telefonia, de energia elétrica, das empresas de varejo e consumo e claro, nos serviços de TV por assinatura.
Na avaliação do secretario municipal de Desenvolvimento, Felipe Góes, esse aumento é um reflexo da política de segurança do município que está ajudando a população a investir em negócios próprios sem o medo constante de que, em algum momento, indivíduos possam atrapalhar os seus negócios.
- Essas empresas estão se beneficiando das políticas de segurança do Rio de Janeiro. A cidade está passando por um interessante processo de legalização dos seus negócios. Logo veremos os resultados nos índices de emprego dos bairros pacificados.
Se as autoridades e os comerciantes locais estão pulando de alegria depois da sensação de segurança proporcionada com a chegada da polícia e do poder público a áreas de pacificação, grandes empresas dos mais diversos segmentos também estão de olho nesse mercado.
Com a violência longe, multinacionais e instituições financeiras estão voltando para as áreas onde um dia o medo afastou indústrias e trouxe desemprego. A Philips, por exemplo, quer montar uma fábrica na região do morro do Dendê, na Ilha do Governador, na zona norte.
Para saber se a estratégia da empresa poderia ser mais agressiva, com investimentos maiores, a multinacional buscou informações sobre a instalação de uma UPP na área em reunião com o governador Sérgio Cabral (PMDB). O governo confirmou a reunião (mas não revelou o assunto) e a informação de que haverá pacificação até 2014, ano em que ocorrerá a Copa do Mundo no país.
A Procter & Gamble (empresa que produz de alimentos a produtos de higiene) também seguiu a mesma linha. A empresa está buscando áreas para poder instalar uma nova fábrica no Rio de Janeiro. Aproveitando os amplos terrenos na zona norte e a melhoria da segurança na região, pessoas ligadas à empresa estão buscando áreas perto de comunidades pacificadas, aproveitando também mão de obra da própria região. Procuradas para falar sobre o assunto, as duas empresas não se manifestaram até a publicação dessa reportagem.
Além do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, instituições ligadas à União, que vão abrir agências no Complexo do Alemão, bancos privados também se preparam para fornecer serviços em comunidades. Essa iniciativa é considerada tão importante que o Bradesco inaugurou uma agência na Cidade de Deus, com a presença do governador, Sérgio Cabral e o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco.
- O banco tem que chegar à comunidade e fornecer serviços e não uma comunidade de 70 mil pessoas ir ao banco. Chegamos a essa comunidade em uma fase de resgate da paz, da ordem e da tranquilidade, tão necessárias para o exercício pleno e diário da cidadania. Nosso objetivo é contribuir para esta nova fase.
O Bradesco já está na Rocinha e em Cantagalo, ambas na zona sul, mas o plano de expansão do banco nas comunidades do Rio de Janeiro é audacioso. A previsão é que se inaugure mais nove agências ainda este ano no Salgueiro, Dona Marta, Turano, Complexo do Alemão, Terreirão, Tijuquinha, Gardênia Azul, e Vila Cruzeiro. A próxima está prevista para o final de fevereiro na comunidade de Rio das Pedras, zona oeste.
fonte: http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/mais-de-1-500-microempresas-sao-legalizadas-em-doze-comunidades-com-upps-20110218.html
Nesse período, os estabelecimentos legalizados cresceram consideravelmente, contabilizando mais de 1.500 empresas em doze comunidades. Atualmente, o número de UPPs instaladas são 14, mas já há previsão de instalação de mais três após a tomada do Complexo do São Carlos.
Essa legalização maciça foi alcançada com ajuda do programa Empresa Bacana, elaborado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), em parceria com a prefeitura do Rio e o Sindicato dos Contabilistas.
No geral, os serviços que estão garantindo lucros e aumento nas cifras das empresas estão ligados, principalmente ao setor de telefonia, de energia elétrica, das empresas de varejo e consumo e claro, nos serviços de TV por assinatura.
Na avaliação do secretario municipal de Desenvolvimento, Felipe Góes, esse aumento é um reflexo da política de segurança do município que está ajudando a população a investir em negócios próprios sem o medo constante de que, em algum momento, indivíduos possam atrapalhar os seus negócios.
- Essas empresas estão se beneficiando das políticas de segurança do Rio de Janeiro. A cidade está passando por um interessante processo de legalização dos seus negócios. Logo veremos os resultados nos índices de emprego dos bairros pacificados.
Se as autoridades e os comerciantes locais estão pulando de alegria depois da sensação de segurança proporcionada com a chegada da polícia e do poder público a áreas de pacificação, grandes empresas dos mais diversos segmentos também estão de olho nesse mercado.
Com a violência longe, multinacionais e instituições financeiras estão voltando para as áreas onde um dia o medo afastou indústrias e trouxe desemprego. A Philips, por exemplo, quer montar uma fábrica na região do morro do Dendê, na Ilha do Governador, na zona norte.
Para saber se a estratégia da empresa poderia ser mais agressiva, com investimentos maiores, a multinacional buscou informações sobre a instalação de uma UPP na área em reunião com o governador Sérgio Cabral (PMDB). O governo confirmou a reunião (mas não revelou o assunto) e a informação de que haverá pacificação até 2014, ano em que ocorrerá a Copa do Mundo no país.
A Procter & Gamble (empresa que produz de alimentos a produtos de higiene) também seguiu a mesma linha. A empresa está buscando áreas para poder instalar uma nova fábrica no Rio de Janeiro. Aproveitando os amplos terrenos na zona norte e a melhoria da segurança na região, pessoas ligadas à empresa estão buscando áreas perto de comunidades pacificadas, aproveitando também mão de obra da própria região. Procuradas para falar sobre o assunto, as duas empresas não se manifestaram até a publicação dessa reportagem.
Além do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, instituições ligadas à União, que vão abrir agências no Complexo do Alemão, bancos privados também se preparam para fornecer serviços em comunidades. Essa iniciativa é considerada tão importante que o Bradesco inaugurou uma agência na Cidade de Deus, com a presença do governador, Sérgio Cabral e o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco.
- O banco tem que chegar à comunidade e fornecer serviços e não uma comunidade de 70 mil pessoas ir ao banco. Chegamos a essa comunidade em uma fase de resgate da paz, da ordem e da tranquilidade, tão necessárias para o exercício pleno e diário da cidadania. Nosso objetivo é contribuir para esta nova fase.
O Bradesco já está na Rocinha e em Cantagalo, ambas na zona sul, mas o plano de expansão do banco nas comunidades do Rio de Janeiro é audacioso. A previsão é que se inaugure mais nove agências ainda este ano no Salgueiro, Dona Marta, Turano, Complexo do Alemão, Terreirão, Tijuquinha, Gardênia Azul, e Vila Cruzeiro. A próxima está prevista para o final de fevereiro na comunidade de Rio das Pedras, zona oeste.