JORNAL CIDADE EM FOCO: 22 de mai. de 2011

notícias do Brasil e do Mundo

domingo, 22 de maio de 2011

Japão - Presidente da Companhia de Energia de Tóquio é demitido após tragédia

Bom Dia Brasil - 20/05/2011
A empresa teve o maior prejuízo da História japonesa: US$ 15 bilhões. Ele também falhou na previsão de que Fukushima ficaria seriamente danificada no terremoto seguido de tsunami.

Consumidores poderão ter conta de luz pré-paga

A proposta que a Aneel estuda é semelhante a qual os consumidores estão acostumados em relação a telefonia. Para funcionar, é preciso ter um medidor inteligente, que se conecta diretamente à concessionária. 
 fonte:http://g1.globo.com/videos/bom-dia-brasil/v/consumidores-poderao-ter-conta-de-luz-pre-paga/1514049/#/Edi%C3%A7%C3%B5es/20110520/page/1
 


A Agência Nacional de Energia Elétrica, regulamentou o fornecimento de energia elétrica aos usuários mediante pagamento prévio. A decisão gera polêmica. Há quem diga que a medida fere o Código de Defesa do Consumidor  fonte:http://www.youtube.com/watch?v=Sc26HwrLrYg


Chávez perde influência na América Latina

imagem: owurman.com

Com problemas econômicos e políticos em casa, venezuelano não consegue bancar projetos ambiciosos na região, como refinaria em Pernambuco

Juan Forero, do The Washington Post - O Estado de S.Paulo
No Nordeste do Brasil, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, sonhou em construir uma refinaria de petróleo e batizá-la de "José Inácio de Abreu e Lima" - nome do aventureiro brasileiro que lutou pela independência da Venezuela. Em visita à cidade, Chávez disse que essa joint venture entre Caracas e Brasília uniria a América Latina contra um comum adversário: os EUA.

A refinaria, cuja construção tem valor estimado em US$ 15 bilhões, deve ser concluída em dois anos, mas recebe poucas contribuições da Venezuela.
Temperamental, Chávez durante anos apoiou projetos na região numa tentativa de levar a Venezuela à vanguarda de uma nova era na América Latina. Mas sua influência fora de seu país está minguando, enquanto crescem as preocupações com a economia venezuelana - alicerçada principalmente no petróleo - e com seu estilo de governo, sobretudo após as recentes detenções de seus opositores.

Acentuada desde 2009, quando a economia venezuelana começou a se enfraquecer, a reviravolta parece chocante se comparada aos dias em que Chávez circulava pela América do Sul fazendo inflamados discursos antiamericanos e inaugurando obras cuja construção fora financiada por petrodólares.

"Ele não está na crista da onda como há dois anos", disse Luiz Felipe Lampreia, ex-chanceler brasileiro. "Acho que está perdendo sua capacidade de influenciar os outros e liderar, mesmo entre seus próprios amigos." 

Silenciosa e discretamente, alguns dos maiores projetos do populista venezuelano foram abandonados ou esquecidos, ou ainda nem decolaram, entre eles um oleoduto da Venezuela à Argentina, um banco de desenvolvimento sul-americano, projetos habitacionais, estradas e um fundo continental de investimento.

Não se sabe por que alguns projetos foram descartados. Os porta-vozes do governo venezuelano não responderam aos pedidos de entrevista. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL E CELSO PACIORNIK 

fonte:http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110522/not_imp722449,0.php 


Movimento cristão se prepara para o fim do mundo

Camping, de 89 anos, fundou igreja protestante e divulgou a 'segunda vinda de Cristo'

Quem acredita ora e encontra familiares, quem não acredita faz festa para celebrar o que pode ser mais uma previsão furada de Harold Camping

Alguns pessoas estão se recolhendo para orar enquanto esperam pelo fim do mundo. Outras estão se reunindo com os filhos para um último almoço em família, se preparando para deixar os animais de estimação para trás e serem levados para o paraíso.

 

O pastor da Califórnia que previu que o Dia do Julgamento seria neste sábado, conseguiu uma massa de seguidores ao redor do mundo. O nome dele é Harold Camping e ele tem 89 anos. De acordo com Camping, o início do fim ocorrerá por volta das 18 horas nos vários fusos ao redor do mundo. 

O ministério que ele criou foi baseado em sua profecia apocalíptica.
O engenheiro aposentado espera o retorno de Jesus Cristo pela segunda vez. Camping disse que sua previsão apocalíptica de 1994 não deu certo por causa de um erro matemático.
Os céticos estão promovendo festas com o tema arrebatamento para celebrar o que eles acreditam ser mais uma profecia falha de Camping.

fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,movimento-cristao-se-prepara-para-o-fim-do-mundo,722219,0.htm

 


Bahrein expõe incoerência dos EUA

 
imagem de:cartaecronica.blogspot.com

 Posição tímida de Washington diante de violenta repressão no país do Golfo contrasta com tom duro contra países como Síria e Iêmen

Gustavo Chacra - O Estado de S.Paulo

Os EUA apoiaram a intervenção contra Muamar Kadafi na Líbia, defenderam a queda de Hosni Mubarak no Egito e de Ben Ali na Tunísia, demandam a saída de Abdullah Saleh no Iêmen, impõem sanções a Bashar Assad na Síria. Mas Washington pede apenas "diálogo" diante da violenta repressão a dezenas de milhares de opositores que pedem mais liberdade no Bahrein.


A falta de uma atitude mais dura dos americanos contra a opressão da monarquia Al-Khalifa - que, com apoio saudita, tenta impor o silêncio no emirado - revoltou grupos de direitos humanos, como a Human Rights Watch, e líderes dos levantes árabes. Segundo eles, os EUA adotam dois pesos e duas medidas para os países da região, evitando críticas a aliados como Bahrein, Arábia Saudita e Jordânia. 


Pelo menos 30 pessoas já foram mortas no Bahrein, menor nação árabe do mundo, desde o início dos levantes, em março. Centenas foram detidas e há dezenas de relatos de casos de tortura. Até mesmo pacientes em hospitais foram capturados pelas forças de segurança. Médicos e enfermeiras perderam suas licenças e pelo menos 47 deles serão julgados por ter tratado opositores feridos.
Estudantes que postaram comentários contra o regime Al-Khalifa em redes sociais foram expulsos da universidade. A repressão conta com a ajuda de cerca de 3 mil militares sauditas que intervieram para conter as manifestações contra a monarquia, no poder desde 1783, incluindo o período de cerca de 50 anos em que foi protetorado britânico, até o início da década de 70.


"O fato de a base da 5.ª Frota da Marinha dos EUA ter sua base no Bahrein e a dependência americana do petróleo saudita fazem a diferença" na relação de Washington com a monarquia Al-Khalifa, segundo Colin Covell, que era professor do centro de estudos americanos na Universidade do Bahrein até o início dos protestos contra o regime. Por causa de sua oposição à repressão, o especialista pediu demissão da cátedra e retornou aos EUA, de onde tem monitorado os acontecimentos no país.
Analistas acrescentam que nos levantes no Bahrein existe o componente sectário, que assusta os EUA. As manifestações têm sido dominadas pela maioria xiita, enquanto o poder está nas mãos da monarquia sunita, minoritária. Esses xiitas recebem apoio do Irã, que já se posicionou a favor dos manifestantes. 


Contaminação. Para complicar, diz Ayhan Kamel, da consultoria política Eurasia, há o temor de o levante do Bahrein contaminar outras monarquias árabes. "O Conselho de Cooperação do Golfo destinou US$ 20 bilhões em ajuda financeira e de segurança ao Bahrein", afirmou. 

O número é dez vezes superior à ajuda prometida pelo presidente Barack Obama para o avanço da democracia e modernização da economia no Egito, que possui uma população cem vezes maior que o pequeno país do Golfo Pérsico, rico em gás e petróleo.

Alexandre Rangel, diretor executivo da Ernst & Young no Brasil, disse ao Estado que "a grande preocupação é que os protestos atinjam a Arábia Saudita", maior exportador de petróleo. A consultoria divulgues relatório na semana passada prevendo um novo choque de petróleo. 


Covell, ex-professor da Universidade do Bahrein, afirma que, em meio aos protestos, o secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, visitou Manama, capital bareinita. Quatro dias depois, em março, enquanto Washington pressionava a Síria a levantar o estado de emergência, o rei Hamad bin al-Khalifa decretou "estado de segurança nacional", abrindo caminho para a intensificação da repressão. Na semana passada, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, convidou o príncipe herdeiro da coroa do Bahrein, Salman bin al-Khalifa, para uma visita privada em Londres, sendo fotografo em clima amistoso na saída.

O Departamento de Estado dos EUA publicou na semana passada um breve comentário sobre a visita do subsecretário James Steinberg à capital bareinita, Manama. Steinberg teria afirmado "o compromisso dos EUA com uma forte parceria tanto com o povo quanto com o governo do Bahrein" e expressou a importância dos direitos humanos universais. Pediu ainda aos dois lados "que busquem o diálogo".


Discurso. Apenas na quinta-feira, em meio a protestos de grupos de defesa dos direitos humanos, Obama decidiu incluir Bahrein em seu discurso ao mundo árabe. "Já insistimos pública e privadamente que as prisões em massa e o uso brutal da força vão contra os direitos universais dos cidadãos do Bahrein. Essas medidas não farão com que os pedidos legítimos para reforma desapareçam. A única saída é o governo e a oposição envolverem-se em um diálogo, mas não é possível haver um diálogo real enquanto pacifistas opositores estão na cadeia", disse Obama.

O problema, segundo os críticos, foi o presidente americano dizer no mesmo discurso que "Bahrein é um aliado antigo e nós estamos comprometidos com a sua segurança. Reconhecemos que o Irã tentou se aproveitar da instabilidade, mas o governo de Bahrein tem interesse no cumprimento das leis". 

"O discurso de Obama alimentou as acusações de inconsistência de sua administração. A Arábia Saudita ficou ausente do texto. O vizinho Bahrein foi mencionado", disse Robert Danin, do Council on Foreign Relations. 

fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110522/not_imp722442,0.php

Na Justiça, ministro é réu na ação do 'escândalo da ervilha'

Ministério Público de Ribeirão vê prejuízo de R$ 2 milhões e quer condenação de Palocci[br]pela Lei de Improbidade

bahianoticias.com.br
Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo
 
Na ação do molho de tomate refogado com ervilhas o ministro Antonio Palocci trava com o Ministério Público Estadual pesado embate na Justiça. A promotoria pede sua condenação a todas as sanções que a Lei da Improbidade prevê - ressarcimento integral ao Tesouro, pagamento de multa, suspensão dos direitos políticos por até 8 anos e perda da função pública. A promotoria estima em R$ 2 milhões o suposto dano aos cofres públicos por meio da aquisição de cestas básicas com latas daquele molho.

"A partir do início da gestão do réu Palocci na prefeitura foram introduzidas alterações nos sistemas de compras de gêneros alimentícios que possibilitaram o favorecimento das fornecedoras", acusa o Ministério Público. "Não foi a pretensão do então prefeito de enriquecer as cestas básicas do povo pobre que levou sua administração a cogitar de tal inusitado produto no rol daqueles que seriam fornecidos. Não se caracterizou nos autos nenhuma situação emergencial."

Contra a decisão do juiz João Gandini, que recebeu a petição inicial do Ministério Público e abriu a ação na 2.ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto, a defesa de Palocci ingressou com recurso denominado agravo de instrumento, distribuído à 8.ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça (TJ). "Os fundamentos de que se valeu o Ministério Público não evidenciam qualquer responsabilidade (de Palocci) porque não foi apontada qualquer relação sua, direta ou indireta, com os atos questionados", asseverou o advogado José Roberto Manesco, defensor do ministro nessa causa.

Manesco ressalta decisão do Supremo Tribunal Federal, que rejeitou investigação criminal contra Palocci. "Não há elementos capazes de evidenciar justa causa à propositura de eventual ação penal", decretou o STF. "O referido indiciado se preocupou em velar pela legalidade e moralidade dos certames."

Em 25 páginas, a defesa pediu ao TJ efeito suspensivo para o fim de sustar o andamento da ação civil pública até o julgamento final do recurso. No mérito, requereu reforma da decisão alegando "inexistência de indícios que tipificaram ato de improbidade". O desembargador Osni Souza indeferiu o pedido de efeito suspensivo. Ele votou assim, segundo acórdão publicado em 15 de dezembro passado: "Não se vislumbra a possibilidade de lesão grave e de difícil reparação."

Por unanimidade, a 8.ª Câmara acolheu parcialmente o recurso. "A decisão agravada está adequada e suficientemente fundamentada. Dá-se parcial provimento ao recurso para receber apenas parcialmente a ação civil pública, limitando-a à imposição, se o caso, da pena de ressarcimento do dano ao erário."
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110522/not_imp722429,0.php

Carla, a primeira brasileira a pilotar um caça a jato

fonte de imagem:infraton.blogdevoo.com

Aos 28 anos, tenente-aviadora da FAB realiza sonho de infância, quando pedia à família para ir ver os aviões no aeroclube de Jundiaí

Bruno Boghossian - O Estado de S.Paulo
 
De todos os pilotos de combate de primeira linha da Força Aérea Brasileira (FAB), a tenente-aviadora Carla Alexandre Borges é a única que ajeita os brincos e prende o cabelo ao tirar o capacete depois de um voo. No início do mês, aos 28 anos, a paulista de Jundiaí se tornou a primeira mulher brasileira a assumir o comando de um caça a jato, realizando um sonho que tinha desde a infância, quando pedia que a família a levasse para ver os aviões no aeroclube da cidade.

"Minha tia me levava para feiras de aviação desde que eu tinha cinco anos e eu pedia para ver os aviões no aeroporto nos fins de semana", conta ao retornar de um voo de instrução de combate na Base Aérea de Santa Cruz, na zona oeste do Rio. "Meu quarto era cheio de pôsteres e miniaturas de aviões. Quando eu pilotei sozinha um caça a jato pela primeira vez, realizei um sonho." 

Até o início de outubro, Carla deve concluir o curso de aviação de caça de primeira linha, como são classificadas as aeronaves A-1 - especializadas em ataques a alvos em solo, com velocidades de até 900 km/h e capazes de carregar mísseis e munição 30 mm. Com uma preparação de oito anos em quatro cidades, conquistou a função de líder de esquadrão de caça.
"Os únicos tratamentos diferentes que ela recebe são um vestiário e um banheiro próprios", declara o Major Martire, subcomandante do esquadrão de que Carla faz parte. A piloto confirma que recebe a mesma cobrança que seus colegas homens, apesar dos brincos de brilhantes que usa debaixo do capacete.

"Mesmo sendo um ambiente masculino, eu não perco a feminilidade", diz, rindo. "Eu recebo um tratamento profissional tanto no voo como no solo e me sinto como qualquer outro piloto em formação." Carla fez parte da primeira turma da Academia da Força Aérea que passou a aceitar mulheres entre seus integrantes. Em 2002, desistiu de tentar ingressar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), passou no concurso da Academia da Força Aérea (AFA) e mudou-se para Pirassununga, a 160 km de Jundiaí.

"Eu fazia cursinho para entrar no ITA porque eu queria fazer engenharia aeronáutica, mas quando abriram concurso para mulheres na AFA, prestei e passei para a primeira turma", conta. "Foram 20 mulheres na minha turma. Onze se formaram e três escolheram pilotar caças." 

Solo. Cerca de 100 aviadores se formam por ano na AFA. Carla passou quatro anos em Pirassununga, onde pilotou o Neiva T-25 e o T-27. Das três mulheres que pilotam caças na FAB, Carla foi a primeira a realizar voos solo com aeronaves a jato, "considerados aviões de primeira linha". As outras duas pilotos comandam turboélices Super Tucanos, em Campo Grande. 

"Voar em um caça a jato dá uma sensação enorme de liberdade. Eu estava muito ansiosa, porque batalhei muito, me preparei e me dediquei para chegar até lá", diz Carla.
Pilotos de aeronaves de primeira linha participam de treinamentos intensos e constantes, com o objetivo de aperfeiçoar manobras, reflexos e rotas. 

Aviões potentes, como o A-1, exigem planejamento detalhado antes de cada voo, pois a velocidade exige decisões rápidas de seus comandantes, que são inundados por adrenalina durante os voos e chegam a enfrentar uma força G (provocada pela aceleração da aeronave) que chega a 6 vezes o peso do próprio corpo.

fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110522/not_imp722425,0.php

Espanhóis respondem à crise nas ruas e urnas

Pesquisas mostram que eleitores descontentes com crise econômica elegerão opositores do Partido Popular em 10 das 17 regiões do país

Jamil Chade - O Estado de S.Paulo

A crise econômica mundial pode ter terminado, mas suas repercussões políticas ainda não. Depois da queda dos governos de Irlanda e Portugal, é a vez de a Espanha sentir os efeitos eleitorais da receita de austeridade que implementou nos últimos meses para salvar suas contas. 

Hoje, os espanhóis vão às urnas em eleições locais. As pesquisas mostram que o Partido Socialista, do primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero, deve sofrer uma dura derrota para o Partido Popular. A votação servirá como um teste para as eleições gerais de 2012 na Espanha e para o futuro das medidas de austeridade em diversos países europeus. 

Mas, desta vez, o alerta aos partidos não virá apenas das urnas, mas também das ruas. Desde a semana passada, protestos foram organizados em 170 cidades do país, reunindo milhares de "indignados", que pedem que a população não vote hoje, como forma de protestar contra a classe política. O movimento foi proibido, mas desafiou as autoridades e ontem reuniu novamente milhares de pessoas. 

Com 5 milhões de desempregados, a Espanha não vive mais a mesma fartura de antes, quando o boom imobiliário alimentava os cofres, o acesso ao crédito permitia a rolagem de dívidas e a classe política promovia a ilusão de que o passado de dificuldades nunca mais voltaria. Após a crise de 2008, para salvar bancos e setores da economia, o governo proliferou pacotes de resgate e, com eles, as dívidas. Agora, para pagá-las, Madri corta salários e promove demissões. 

"Chegou a vez da revanche da população", disse Anabel Vargas, manifestante que ocupa a Puerta del Sol, em Madri. A principal reivindicação é contra o desmonte do Estado de bem-estar social. As últimas pesquisas mostram que o Partido Popular está 6 pontos acima dos socialistas. Após as eleições, 10 das 17 regiões da Espanha podem ficar com os conservadores. "Isso é uma catástrofe para os socialistas", afirmou José Toharia, presidente do instituto Metroscopia. 
fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110522/not_imp722445,0.php

No emirado, é crime tratar feridos em manifestações

Christopher Stokes - O Estado de S.Paulo

No reino do Bahrein, ser ferido por forças de segurança ou oferecer assistência médica aos feridos se tornaram motivos de prisão. Durante os protestos civis, instalações médicas do país estão sendo usadas como ferramenta em favor da repressão militar contra os manifestantes, com o apoio do Conselho de Cooperação do Golfo. A ausência de resposta de aliados do governo, como os EUA, pode ser interpretada como um consentimento às constantes violações do direito de dar e receber assistência médica imparcial.

O governo e aliados no Bahrein continuam a se referir aos manifestantes como "desordeiros", "criminosos", "insurgentes" ou "terroristas". O rótulo que permanece ausente para os feridos é "paciente". Desde 7 de abril, quando o Médicos Sem Fronteiras (MSF) chamou atenção para essa situação, nossa equipe viu pacientes em várias cidades do país que tinham sido espancados ou torturados gravemente na prisão, meninas que haviam sido ameaçadas de estupro ou que sofreram abusos físicos, e pacientes com necessidade urgente de internação, mas que se recusavam a ir ao hospital com medo de ser presos.

A militarização do único hospital público, Salmaniya, persiste. Apesar de estatísticas do Ministério de Saúde mostrarem um aumento no número de pacientes que chegam ao hospital, tanques de guerra e postos de segurança ainda são ocupados por homens mascarados, que revistam carros e pessoas. Os feridos contaram ao MSF que ainda estão com medo de ir ao hospital, onde podem ser presos ou espancados.

Médicos e enfermeiras também continuam sendo presos nas instalações de saúde, ou até em suas casas, durante a noite. Nesse instante, 47 trabalhadores da área da saúde estão sendo perseguidos pelas autoridades do Bahrein. A comunidade médica do país está dividida. Muitos se opõem à militarização da assistência médica, enquanto outros apoiam a presença de militares no hospital e as acusações legais contra seus companheiros de trabalho. Mas o impacto dessas ações nos pacientes é muitas vezes desconsiderado.

Ao arrastar o sistema de saúde cada vez mais para a crise política, as autoridades bareinitas minam a confiança dos pacientes nas instalações de saúde. Todas as 88 pessoas que o MSF conseguiu atender em casa correm o risco de ser presas se procurarem alguma instalação médica - simplesmente por terem sido feridas por forças do governo nos protestos. Algumas delas precisam ir ao hospital para cirurgia e raio X, mas o MSF não consegue encaminhá-las em segurança.

Isso ocorre porque hospitais no Bahrein receberam diretrizes para notificar a polícia sobre qualquer paciente com ferimentos relacionados aos protestos. Nossas equipes médicas deparam-se com uma situação extremamente difícil: encontram pacientes que precisam de atenção médica, mas não podem encaminhá-los para o hospital. 

Garantir a segurança da oferta de tratamento médico imparcial aos feridos é obrigação legal básica segundo as leis humanitárias. Está nas recomendações obrigatórias do artigo 3.° da Convenção de Genebra. Como um Estado signatário, as autoridades bareinitas devem cumprir sua obrigação de proteger e oferecer cuidados médicos a doentes, feridos e prisioneiros.

É DIRETOR-GERAL DO MSF
fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110522/not_imp722443,0.php

Veja também

Notícias mais vistas dos últimos 30 dias

SEGUIDORES ILUSTRES

Pensamento do Dia - colaboração do Leitor do Jornal Cidade em Foco Sr Marcos Roberto SP/SP

O que não te destrói, te fortalece.



Por mais que pareçam difíceis seus problemas, use-os como instrumento a seu favor, um dia verás que conseguiu superar e foi vitorioso. Fique firme, não desista, lute e conquiste, estamos torcendo por você.
Palavras da Redação do Jornal Cidade em Foco

Nossos leitores em 151 países do Mundo - Our readers in 119 countries

Redação - dra.rosangelamatos@hotmail.com

Nossos Seguidores no Twitter @DraRosangelaM

Visitantes

Mural de Recados

"este espaço acima é reservado aos internautas, fiquem a vontade, façam bom uso"