Justiça condena skinhead acusado
de obrigar jovens a pular de trem
Juliano Aparecido de Freitas foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão
A Justiça de São Paulo condenou, nesta sexta-feira (20), o skinhead Juliano Aparecido de Freitas, conhecido como Dumbão, a 24 anos e seis meses de prisão. Ele é acusado de obrigar dois jovens a pular de um trem em movimento e causar a morte de um deles.
O crime aconteceu em dezembro de 2003, na estação de trem Brás Cubas, em Mogi das Cruzes. Cleiton da Silva Leite, que na época tinha 20 anos, sofreu traumatismo craniano e não resistiu aos ferimentos. Flávio Augusto Nascimento Cordeiro, que estava com 16 anos, sobreviveu, mas teve um dos braços amputados.
Além de Dumbão, Vinícius Parizatto, o Capeta, e Danilo Gimenez Ramos também são apontados pelo Ministério Público como os skinheads que atacaram os punks ainda dentro de um dos vagões. Os três são acusados de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e tentativa de homicídio.
O processo contra os três réus foi desmembrado e cada um responde pelos crimes em separado. Os réus negam os crimes e alegam que os jovens saltaram do trem por vontade própria.
Segundo informou a assessoria de imprensa do TJ-SP, os réus respondem pelos crimes em liberdade e o julgamento deles será presidido pelo juiz Alberto Alonso Munhoz, no Fórum de Mogi das Cruzes. Parte dos skinheads discriminam negros, homossexuais, judeus e nordestinos. Os punks, que têm o anarquismo como ideologia, são considerados inimigos de grupos neonazistas.