JORNAL CIDADE EM FOCO: Manifestações da 'primavera árabe' completam seis meses

notícias do Brasil e do Mundo

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Manifestações da 'primavera árabe' completam seis meses

Manifestação na praça Tahrir no Cairo, Egito (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Muitos países envolvidos, contudo, ainda vivem crises sociais e econômicas


Quando um jovem vendedor ambulante da Tunísia escolheu uma forma radical de protestar contra o confisco de suas mercadorias pela polícia, ateando fogo ao próprio corpo, ninguém poderia imaginar que seu gesto detonaria uma onda de protestos capaz de derrubar o ditador Zine el Abidin Ben Ali de seus 23 anos de reinado. Muito menos que essa onda se espalharia por vários países islâmicos do Oriente Médio e do Norte da África, no movimento que ficou conhecido como “Primavera Árabe”. No próximo dia 17, o ato desesperado do jovem tunisiano completa seis meses. Nesse prazo, além de Ben Ali, os protestos de rua derrubaram o ditador Egípcio, Hosni Mubarak. Mas a Primavera Árabe  que espalhou esperanças democráticas em diversos países, no entanto, tornou-se também o estopim de uma série de conflitos, crises e graves problemas econômicos. "A situação é hoje mais difícil do que antes", avalia Rabab al Mahdi, professora de ciência política da Universidade Americana do Cairo (AUC). "A ideia de que era possível sair às ruas para derrubar um governante, o que de fato ocorreu na Tunísia e no Egito, está sendo colocada em xeque pela resistência dos regimes na Líbia, na Síria, no Iêmen e do Barein", explica Rabad.
Apesar das dificuldades nesses países, Isandr al Amrani, residente no Cairo e responsável pelo blog The Arabist, defende o efeito positivo das revoltas. “Elas marcam uma verdadeira rejeição dos sistemas de segurança dirigidos por famílias que reinam no centro de um modelo cada vez mais mafioso", afirma. “As revoltas traduziram um apego da população árabe aos valores relacionados aos direitos humanos, um entusiasmo por valores universais. Não era o caso dez anos atrás." Antoine Basbous, do Observatório dos Países Árabes (OPA) em Paris, avalia no entanto que é difícil comparar os movimentos nos diferentes países. “Apesar dos lemas muitas vezes idênticos e das esperanças compartilhadas, não há dois movimentos que se pareçam", afirma.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Veja também

Notícias mais vistas dos últimos 30 dias

SEGUIDORES ILUSTRES

Pensamento do Dia - colaboração do Leitor do Jornal Cidade em Foco Sr Marcos Roberto SP/SP

O que não te destrói, te fortalece.



Por mais que pareçam difíceis seus problemas, use-os como instrumento a seu favor, um dia verás que conseguiu superar e foi vitorioso. Fique firme, não desista, lute e conquiste, estamos torcendo por você.
Palavras da Redação do Jornal Cidade em Foco

Nossos leitores em 151 países do Mundo - Our readers in 119 countries

Redação - dra.rosangelamatos@hotmail.com

Nossos Seguidores no Twitter @DraRosangelaM

Visitantes

Mural de Recados

"este espaço acima é reservado aos internautas, fiquem a vontade, façam bom uso"