JORNAL CIDADE EM FOCO: Bahrein vai processar premiado jornalista britânico

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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Bahrein vai processar premiado jornalista britânico


O governo do Bahrein, que vem exercendo uma dura repressão contra a maioria xiita 
que tenta derrubar o governo da família real (Khalifa), revelou nesta quarta-feira uma sensibilidade estranha a quem pratica torturas, prisões e julgamentos que não se 
adequam a qualquer padrão internacionalmente aceito. Segundo o jornal britânico
 The Guardian, o governo do Bahrein decidiu processar o jornal Indepedent, também 
britânico, e um de seus colunistas, o premiado Robert Fisk.

Uma escritório de advogados sediado no Reino Unido legal foi contratado (…). “O Independent, deliberadamente, publicou uma série de artigos irrealistas e provocativos visando o Bahrein e o Reino da Arábia Saudita”, disse à agência de notícias estatal do Bahrein (BNA) Nawaf Mohammed Al-Maawda, membro da autoridade que cuida de assuntos de informação do país. A agência disse que Fisk foi citado especificamente e que o Bahrein vai acusar o jornal e “orquestrar uma campanha difamatória e premeditada contra ambos os países, deixando de respeitar a imparcialidade e credibilidade profissionais em sua cobertura unilateral”.

Segundo o Guardian, o Independent não se manifestou. A indignação do governo
 barenita se dá um dia depois de Fisk publicar um inflamado artigo afirmando que
 as recentes acusações do governo do Bahrein contra 48 médicos eram uma
 “insanidade”. Os médicos, que segundo Fisk trabalhavam para tratar civis 
atacados por forças do governo, são acusados de negligenciar os pacientes e, 
assim, provocar diversas mortas. Fisk afirmou que as acusações eram “um monte 
de mentiras” e acusou a Arábia Saudita de ocupar o Bahrein:


Na verdade, é claro, a família Khalifa não é louca. Também não é intrinsecamente ruim ou sectária a minoria sunita do Bahrein. A realidade é clara para qualquer um ver. Os sauditas estão governando o país. Eles nunca receberam um convite para enviar os seus próprios soldados para apoiar as “forças de segurança” do príncipe do Bahrein, que é um homem decente. Eles simplesmente invadiram e receberam um convite de pós-datado. A subsequente destruição de antigas mesquitas xiitas no Bahrein foi um projeto da Arábia Saudita, em plena consonância com o ódio ao estilo Talibã do reino para com todas as coisas xiitas. Poderia o primeiro-ministro do Bahrein ser eleito, perguntei a um membro da corte real em fevereiro passado. “Os sauditas não permitiriam isso”, respondeu ele. Claro que não. Porque eles controlam agora Bahrein. Daí o estilo do julgamento dos médicos. O Bahrein já não é o reino dos Khalifas. Tornou-se um palatinado Arábia, uma província confederada da Arábia Saudita, um Estado a partir do qual todos os jornalistas deveriam usar o cabeçalho: Manama, Bahrein ocupado.
José Antonio Lima



fonte:http://colunas.epoca.globo.com/ofiltro/2011/06/15/bahrein-vai-processar-premiado-jornalista-britanico/


ENTENDENDO:

Governo do Bahrein quer processar “The Independent” por suposto relatório difamatório.



ÚLTIMO ARTIGO

Governo do Bahrein quer processar “The Independent” por suposto relatório difamatório.

Mostrando -se bastante irritado, o governo do Bahrein anunciou sua determinação em processar o site britânico “The Independent” sob a acusação de divulgar relatórios considerados difamatórios por repetidas vezes. 

The Independent Journal
Saulo Valley – Rio de Janeiro, 15 de Julho de 2011 – 10h41min.
De acordo com o site “elaph“ o governo do Bahrein tem acusado o diário britânico de planejar e executar uma campanha de mídia difamatória contra o Bahrein e a Arábia Saudita, descrevendo como “uma série de artigos provocantes, irrealista e de segmentação” com intenção de ”distorcer a verdade e de maneira irresponsável, sem levar em conta nas suas notícias e reportagens da neutralidade e credibilidade profissional, de forma unilateral.”
Foi citado o nome do redator-chefe do Independent no oriente médio, o jornalistaRobert Fisk.  Nawaf Mohammed Al-Maawda  diretor-geral de publicações-gerais e diretor de qualidade  de imprensa e mídia disse que “as portas do Bahrein estão abertas a todos os meios visuais, rádio e imprensa para visitar o Reino e ver a realidade da situação, tendo em conta o retorno da normalidade e estabilidade a todos por todo o Reino do Bahrein”. informou o ”elaph“.
Situação

Bahrein repressão a manifestantes fonte da imagem: "channel4"
O Bahrein vem enfrentando a “primavera árabe”. Uma explosão de rebeliões pacíficas exigindo o fim das ditaduras e a manutenção dos direitos humanos em equilíbrio com o resto do mundo. Mas Bahrein não tem se mostrado disposto ao diálogo, muito menos a deixar o cargo. Por isto mesmo desde o início da revolução líbia, tem se esforçado para esmagar a qualquer que busque fazer demonstrações de insatisfação com o atual regime de governo.
Opinião
Uma esclarecedora retrospectiva do site “timestranscript.canadaeast.com” sobre as revoluções pacíficas, principalmente no mundo árabe trouxe à luz as nuances das revoltas e como os diferentes governos têm reagido a elas com o passar dos tempos, destacando um fato que muito me atraiu em comparação com a realidade de hoje:
“No final de 1989, no Leste alemão, os regimes checo e romeno haviam caído quase sem que um único tiro fosse disparado, o chefe do Serviço de Inteligência Nacional, a polícia secreta Sul Africana , foi para o Estado do presidente FW de Klerk e avisou que, se o Congresso Nacional Africano colocasse meio milhão de pessoas nas ruas de Joanesburgo, ele só teria duas opções: matar 10.000 deles ou renunciar incondicionalmente ao poder.”

Matando manifestantes fonte da imagem: "france24.com"
Estas opções têm sido as únicas alternativas para os atuais ditadores. A forma pacífica que a Turquia e o Egito aceitaram estas mudanças os torna um povo mais feliz, em relação aos sírios, iranianos, chineses e outros países que preferem, sem pensar duas vezes, a primeira opção. No final, todos acabam tendo que deixar o poder, mais cedo ou mais tarde…
Com medo de enfrentar o Tribunal Penal Internacional e medo de perder investidores, países que têm massacrado seus manifestantes vêm buscando alternativas de mascarar seus crimes, criando uma espécie de campanha publicitária de que “tudo está indo bem”. É nestas horas que importantes e corajosos ativistas e jornalistas são perseguidos, ao tentar mostrar para o mundo a realidade por trás de falsas impressões de tranquilidade.

FONTE:http://saulovalley.wordpress.com/

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