Bombeiro protesta em frente à Alerj - Foto: Marcelo Piu - O Globo
Depois de passarem a madrugada acampados em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) , os cerca de 150 bombeiros que continuam em protesto, na manhã desta segunda-feira, informaram que, neste momento, abandonaram provisoriamente a pauta de reivindicações por aumento de salários da categoria. O grupo agora está mobilizado pela libertação dos 439 bombeiros que estão presos em Niterói. Há mais de um mês, os militares reivindicam melhores condições salariais e de trabalho .
Várias reuniões estão sendo agendadas. Às 11h, parlamentares se reúnem na Alerj. O deputado Paulo Ramos afirmou que vai tentar conversar com o presidente da Casa, Paulo Melo, e interceder junto ao governador. Às 12h30m, uma nova assembleia será realizada para que os bombeiros definam os próximos passos da manifestação. Já às 15h, lideranças do movimento se encontram com familiares de militares.
Na calçada em frente à Alerj, mulheres e filhas improvisaram uma cozinha e estão recebendo doações de alimentos para fazer um almoço.
Policiais militares do Batalhão de Choque e dos batalhões de área continuam posicionados para evitar protestos mais exaltados.
Na noite deste domingo, um grupo de aproximadamente 50 bombeiros iniciou um ato na altura do vão central da Ponte Rio-Niterói. Os manifestantes desceram de um ônibus e chegaram a caminhar em uma das quatro faixas de rolamento da via, sentido Rio.
Munidos de faixas e cartazes, os oficiais caminharam por aproximadamente dez minutos. Depois, retornaram ao ônibus e seguiram viagem.
Muitos motoristas passaram pelo local buzinando em apoio à manifestação. Quando chegou um veículo da concessionária que administra a via, os bombeiros interromperam o protesto. Muitos revelam ainda ter medo de represálias ou mesmo de novas prisões.
Na noite de sexta-feira, cerca de mil bombeiros invadiram o Quartel do Comando-Geral da corporação, na Praça da República, com faixas e cartazes exigindo um encontro imediato com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros. Após uma madrugada de protestos, policiais do Bope invadiram a unidade na manhã de sábado . Os PMs explodiram o portão dos fundos do quartel, na rua do Senado, deram tiros de efeito moral e jogaram bombas de gás lacrimogênio que atingiram os manifestantes e jornalistas dentro quartel e na rua. Houve barulho de tiros de fuzil que, segundo os bombeiros, foram dados para o alto. A confusão terminou com a prisão de 439 bombeiros.
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