Karl-Theodor zu Guttenberg, que é nobre, ganhou o apelido de “barão Copia-cola”
Do R7, com agências internacionais
John MacDougall/01.03.2011/AFP
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John MacDougall/01.03.2011/AFP
O ministro da Defesa da Alemanha, Karl-Theodor zu Guttenberg, de 39 anos, estrela do governo da chanceler Angela Merkel, apresentou nesta terça-feira (1º) o pedido de demissão depois das acusações de plágio na tese de doutorado.
- Sempre estive disposto a lutar, mas cheguei ao limite de minhas forças.
Ele agradeceu à chanceler, aos membros do partido conservador e aos soldados alemães.
Em fevereiro, a imprensa acusou o ministro de plágio, mas Guttenberg negou, apesar de ter admitido erros.
A renúncia de Guttenberg surpreendeu Merkel, que até o último momento defendeu seu ministro favorito, na feira informática CeBIT de Hannover. Desde que o escândalo surgiu há duas semanas, a situação de Guttenberg começou a ficar insustentável.
Guttenberg ficou sem seu título de doutor em Direito, anunciou na semana passada a Universidade de Bayreuth. O presidente da instituição bávara, Rüdiger Bormann, anunciou na ocasião a decisão da instituição.
- A Universidade de Bayreuth retira do Sr. zu Guttenberg o título do doutorado . A tese não correspondeu a um trabalho científico correto.
Bormann, no entanto, se absteve de qualificar o trabalho de plágio.
O ministro admitiu "graves erros" cometidos em sua tese de direito, e chegou a pedir à universidade que retirasse o título dele.
Ele é acusado de ter copiado passagens inteiras de outras teses sem citar seus autores. Isto valeu a ele pelo menos duas queixas na justiça e o apelido de "Barão copia-cola" e "Barão von Googleberg".
Após a retirada do título acadêmico pela instituição, as críticas aumentaram, inclusive a partir das próprias fileiras do partido, como as da titular de Investigação e Ciência alemã, Annette Schavan, quem na véspera revelou que o caso "envergonha".
Guttenberg perdeu na véspera inclusive o apoio do professor que o orientou no trabalho de doutorado, o catedrático Peter Häberle, que reconheceu que a tese do ministro estava infestada de erros imperdoáveis.