População da cidade de Guanambi protestaram contra a permanência de um carregamento de urânio no município
Foto: Vilson Vilas Boas/vc repórter
Foto: Vilson Vilas Boas/vc repórter
A população da cidade de Guanambi, no sudoeste baiano, realizou um protesto por volta das 13h desta quarta-feira contra a permanência de nove carretas com 90 toneladas de urânio no 17º Batalhão da Polícia Militar, no município. Grupos ambientais e vereadores participaram da manifestação.
O problema começou na noite de domingo (15) depois que moradores da cidade de Caetité, a 45 km de Guanambi, impediram que o carregamento entrasse na cidade, onde há uma mina de urânio, acreditando que se tratava de lixo nuclear. Sem conseguir entrar no município, o carregamento foi encaminhado para o batalhão da Polícia Militar mais próximo, que fica em Guanambi.
As Indústrias Nucleares do Brasil (INB) informaram que o material foi emprestado pela marinha para suprir a queda na produção da mina de Caetité. O urânio, que saiu do Centro Experimental de Aramar, em Iperó (SP), seria colocado em embalagens adequadas ao transporte marítimo na unidade baiana e, assim, seguir para a Europa, onde deveria ser enriquecido.
O prefeito de Guanambi, Charles Fernandes, se reuniu nesta terça-feira com o presidente das INB e protocolou um documento solicitando a retirada do material da cidade.
As INB estão conversando com a população de Caetité através das rádios locais, para acalmar a todos e pretendem continuar o transporte até sua unidade depois que tudo estiver esclarecido.
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