Charles Platiau/19.02.2011/Reuters
Strauss-Kahn, que nega as acusações de tentativa de estupro, está preso no presídio de Rikers Island, em Nova York
Em comunicado, ele "nega firmemente" que tenha cometido qualquer crime
O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, renunciou nesta quinta (19) ao comando do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em uma carta enviada aos membros do conselho do FMI, ele informou sua decisão "de efeito imediato".
No comunicado, Strauss-Kahn nega as acusações de agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro de uma camareira de hotel em Nova York. Seu advogado informou que ele deve fazer um novo pedido por liberdade sob fiança em uma audiência judicial nesta quinta.
O comunicado de Dominique Strauss-Kahn
"É com infinito pesar que me sinto hoje compelido a apresentar ao Conselho Executivo minha renúncia a meu posto de diretor-gerente do FMI.
Neste momento penso primeiramente em minha mulher - a quem amo mais que tudo -, em meus filhos, minha família e meus amigos. Penso também em meus colegas do FMI; juntos fizemos grandes conquistas ao longo dos últimos três anos.
A todos, quero dizer que nego com a maior firmeza possível todas as alegações feitas contra mim.
Quero proteger esta instituição à qual servi com honra e devoção, e especialmente - especialmente - quero devotar toda a minha força, todo o meu tempo e toda a minha energia em provar minha inocência."
Em seu website, o FMI informa que "em um futuro próximo, realizará o processo de seleção de um novo diretor-gerente". No momento, John Lipsky ocupa o cargo interinamente.
Camareira assustada
A camareira que prestou queixas de agressão sexual contra Strauss-Kahn está "assustada", segundo seu advogado Jeffrey Saphiro, mas vai testemunhar contra ele. Ela alega que não sabia quem era Strauss-Kahn quando formalizou sua acusação - só soube que ele era diretor do FMI no dia seguinte.
A camareira de 32 anos relatou à polícia que, ao entrar no quarto de hotel de Strauss-Kahn, ele saiu do banheiro nu, perseguiu-a a agrediu sexualmente até que ela conseguisse fugir.
Benjamin Brafman, advogado de Strauss-Kahn, acredita que as evidências coletadas no caso não mostrarão nenhum tipo de "relação forçada" entre réu e acusadora.
Strauss-Kahn era um dos candidatos favoritos ao pleito presidencial de 2012 na França.
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