Apesar de ausência de batalhas, protestos pela saída de Saleh continuam.
EUA e Inglaterra já pediram transição pacífica e ordenada no país.
O presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, passa bem após uma operação na Arábia Saudita. Ele foi atingido por um ataque quando estava em seu palácio presidencial na última sexta-feira e não deve passar por mais cirurgias, segundo a agência internacional de notícias Reuters. O ataque matou sete pessoas e feriu autoridades e conselheiros, no que seus assessores chamam de 'tentativa de assassinato'. Desde então, Saleh foi para Riad, capital da Saudita, para tratamento, em meio a uma crise que se arrasta desde o começo do ano no Iêmen.
As primeiras informações sobre o estado de saúde do presidente diziam que ele retiraria estilhaços do corpo e que voltaria ao país em poucos dias. Mas autoridades iemenitas e americanas informaram nesta quarta-feira (8) que Saleh está numa condição mais crítica, com queimaduras em mais de 40% do corpo.
Oficiais sauditas dizem que depende apenas de Saleh voltar ou não para seu país, mas eles, assim como os aliados ocidentais, talvez queiram reviver um acordo de transição mediado em que o líder iemenita deixaria o poder em troca de imunidade judicial.
Na capital Sanaa, o cessar-fogo acordado entre as forças do governo leais a Saleh e combatentes tribais do xeque Sadeq al-Ahmar, da poderosa tribo Hashed, que se voltaram contra o antigo aliado, foi mantido. Mais de 200 pessoas morreram e milhares deixaram a região em duas semanas de combates.
Apesar da ausência de batalhas, centenas de manifestantes se reuniram em frente à casa do vice-presidente do país nesta terça para exigir a formação de um conselho de transição que crie um novo governo.
Cerca de 4 mil pessoas protestaram em Sanaa - as mesmas que exigem a saída de Saleh há cinco meses - e convocaram uma marcha de 'um milhão de pessoas' para que ele fique na Arábia Saudita.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, pediu nesta segunda uma transição pacífica e ordenada no Iêmen. O secretário do exterior britânico, William Hague, também solicitou nesta terça que o vice-presidente trabalhe com todos os lados para implementar um acordo e começar uma transição política. A Arábia Saudita está preocupada com as atividades da célula iemenita da rede terrorista al-Qaeda na península arábica, que tem atuado contra alvos sauditas e americanos.
fonte:http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2011/06/lider-iemenita-esta-estavel-apos-operacao-sanaa-mantem-cessar-fogo.html
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