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Onda de imigração no norte da África pode mudar regras de circulação no bloco
Oficial dinamarquês faz observa veículos em ponte que liga a Dinamarca à Suécia; União Europeia não gostou da decisão do país de estabelecer unilateralmente o controle de passaportes em suas fronteiras
Comissão Europeia ameaçou nesta sexta-feira (13) o governo dinamarquês com a abertura de um processo por sua decisão unilateral de restabelecer controles nas fronteiras com Alemanha e Suécia, que pode violar o princípio de livre circulação na União Europeia (UE).
Em um comunicado, a comissária europeia do Interior, Cecilia Malmstrom, pediu ao governo dinamarquês "que evite ações unilaterais e garanta que todas as medidas que tomar estejam de acordo com a lei".
A comissária garantiu ainda que está pronta para "continuar o diálogo com a Dinamarca", mas destacou que se for necessário Bruxelas "utilizará todas as ferramentas de que dispõe para garantir o respeito à lei da UE", em uma referência a uma possível abertura de processo por infração.
Copenhague anunciou na última quarta-feira que restabelecerá os controles permanentes nas fronteira com Alemanha e Suécia para lutar contra a imigração ilegal e o crime organizado, apesar do princípio de livre circulação na UE.
A decisão foi tomada pelo governo conservador, pressionado pela extrema-direita, e sem consulta prévia com os sócios europeus.
A Europa vive uma crise migratória por causa das levas de imigrantes começaram a chegar ao bloco, fugindo da violência trazida pelas rebeliões contra as ditaduras no norte da África.
Por causa disso, vários países estão defendendo mudanças no tratado de Schengen, que permite a livre circulação de pessoas entre todas as nações da União Europeia como se elas estivessem em um único país - ou seja, sem controle de fronteiras.
O estopim da crise ocorreu em 17 de abril, quando a França barrou um trem com dezenas de imigrantes tunisianos que haviam partido da cidade italiana de Ventimiglia.
A Itália, a princípio, criticou a medida. Mas, em um segundo momento, os dois países passaram a defender mudanças no tratado de Schengen.
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