Líbia: filho de Kadhafi espera negociações com rebeldes 
foto fonte: http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=249417
Por Maria Golovnina e Ahmed Jadallah 
    TRÍPOLI (Reuters) - Os bairros pobres de Trípoli, a capital  da Líbia, desafiaram abertamente Muammar Gaddafi no sábado, quando sua  permanência no poder após 41 anos de governo parecia cada vez mais  tênue, em face à revolta em todo o país.  
    As forças de segurança haviam abandonado o distrito da classe  trabalhadora Tajoura após cinco dias de manifestações contra o governo,  disseram os moradores a correspondentes estrangeiros que visitaram a  área.  
    Os moradores afirmam que as tropas abriram fogo contra  manifestantes que tentavam marchar de Tajoura até a central Praça Verde  durante a noite, matando ao menos cinco pessoas. O número não foi  confirmado. Um funeral na manhã de sábado para uma das vítimas se  transformou em outra demonstração contra Gaddafi.  
    "Todos no Tajoura saíram contra o governo. Nos o vimos  matando nosso povo aqui e em toda a Líbia", disse um homem que se  identificou como Ali, de 25 anos, à Reuters. "Nós vamos demonstrar mais  uma vez, hoje, amanhã, depois de amanhã, até que eles saiam."  
    Os eventos em Tajoura contradizem as declarações de Saif  al-Islam Gaddafi, filho de Gaddafi, que disse aos repórteres na  sexta-feira à noite que a paz estava retornando à Líbia.  
    Grande parte do leste do país produtor de petróleo, incluindo a cidade de Benghazi, está nas mãos de forças de oposição.  
    O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, o mais forte  aliado europeu de Gaddafi, disse em Roma no sábado que Gaddafi já não  controlava a Líbia.  
    Países ocidentais se reuniram para discutir ações punitivas  contra Gaddafi e expressar sua indignação com a repressão da revolta, a  mais violenta contra a onda de revoltas pró-democracia no mundo árabe,  que já derrubaram os líderes da Tunísia e do Egito.  
    Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou uma ordem que proíbe as transações com a Líbia.  
    "Por qualquer medida, o governo de Muammar Gaddafi violou as  normas internacionais e de decência e deve ser responsabilizado por  isso", disse Obama em um comunicado nesta sexta-feira.  
    Diplomatas na ONU disseram que a votação de um esboço da  resolução pedindo um embargo de armas à Líbia, bem como proibição de  viagens e o congelamento de bens de seus líderes deve ocorrer no sábado,  depois que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que não se  podia esperar.  
    Diplomatas dizem que cerca de 2 mil ou mais pessoas foram  mortas em todo o país. "Há corpos por toda parte. É uma guerra, no  verdadeiro sentido da palavra", disse Akila Jmaa, que chegou à Tunísia  na sexta-feira depois de deixar o país.  
fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/02/26/forcas-de-gaddafi-abandonam-partes-de-tripoli-923889537.asp

 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

































































































