Comediante é acusado de incitar estupro através de piada durante apresentação e em entrevista para revista
Marcela Gonsalves - estadão.com.br
SÃO PAULO - O Ministério Público de São Paulo pediu abertura de inquérito policial contra humorista Rafinha Bastos por suposta apologia ao crime. A promotora de Justiça Valéria Diez Scarance Fernandes, coordenadora do Núcleo de Combate à Violência Doméstica e Familiar da Capital, encaminhou nesta quinta-feira, 7, um ofício ao Departamento de Polícia Judiciária de Capital (DECAP).
O inquérito visa apurar a prática de incitação ao crime com base nas supostas afirmações do humorista sobre estupro tanto em apresentações no Clube de Comédia como em entrevista publicada na revista Rolling Stone, na edição de maio de 2011. Na matéria, consta que Rafinha teria dito em sua apresentação "Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho."; e "Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade."
No ofício, a promotora destaca que o humorista compara publicamente o estupro a "uma oportunidade" para determinadas mulheres, e o estuprador a um benfeitor, digno de "um abraço". "O estupro é um crime. O estuprador é um criminoso que deve ser punido e não publicamente incentivado", considera a promotora.
A requisição de instauração de inquérito é resultado de representação feita à Promotoria de Justiça pela coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Thais Helena Costa Nader.
fonte: Estadão
Não consigo acreditar, ainda existem pessoas com essa infeliz mentalidade, fazer piada com assuntos tão delicados e discriminatórios quanto este.
As mulheres continuam sendo motivo de piadinhas infelizes, mal intencionadas e infâmias difamatórias, ainda bem que alguém tomou providências, isso tem que deixar de existir, respeito é bom e todo mundo, além de ter direito, gosta.
Tomara que com este exemplo de correção, outros pensem muito mais antes de falar besteiras. Rosângela Matos
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