Das Agencias Internacionais
Intensos tiroteios foram ouvidos na madrugada deste domingo no centro de Trípoli, capital da Líbia, segundo informações locais.
Não se sabe ainda qual a origem dos disparos efetuados nas proximidades do centro histórico da cidade, a cerca de um quilômetro da Praça Verde.
O regime do ditador Muammar Gaddafi afirmou na manhã deste domingo ter retomado o controle de três cidades que estavam nas mãos das forças rebeldes: Ras Lanuf, Tobruk --ambas no leste--, e Misrata --no oeste.
"As forças armadas líbias retomaram o controle das cidades de Misrata e Ras Lanuf", esta última uma importante cidade petrolífera do país, informou o canal local Al Libiya, ligado a Seif Al Islam --um dos filhos de Gaddafi.
O canal acrescentou, citando fontes militares, que as forças leais ao regime se dirigem no momento em direção à cidade de Benghazi --epicentro das forças de oposição.
A emissora estatal de televisão líbia, por sua vez, anunciou a "libertação da cidade de Tobruk, que estava nas mãos de terroristas".
Fontes opositoras, no entanto, afirmam ter consolidado seu poder sobre Ras Lanuf, e planejam agora avançar rumo a Sirte, cidade natal de Gaddafi.
CONFRONTOS
No sábado, forças leais ao ditador Gaddafi lançaram uma violenta ofensiva contra a cidade de Zawiyah, localizada a apenas 50 quilômetros de Trípoli, e controlada por rebeldes. Os ataques podem ter deixado mais de cem mortos.
Por outro lado, opositores, que já controlam o leste, consolidaram seu poder sobre o porto petrolífero de Ras Lanuf, e avançam agora rumo a Sirte, cidade natal de Gaddafi.
Os episódios de violência de sábado deram novos sinais de que a disputa pelo controle do território líbio pode durar semanas ou até meses, aproximando cada vez mais de uma guerra civil. O governo luta para manter seu controle sobre Trípoli e áreas ao redor da capital, enquanto os rebeldes tentam levar sua ofensiva para o oeste.
ONU
Gaddafi, declarou, em entrevista publicada na edição de domingo do jornal francês "Le Journal du Dimanche", que aceitaria o envio de uma comissão investigadora da ONU (Organização das Nações Unidas) ou da União Africana para avaliar a situação de seu país, palco há 19 dias de revoltas que pedem o fim de seu regime.
"Para começar, quero que uma equipe de investigadores das Nações Unidas ou da União Africana venha aqui na Líbia", afirmou o mandatário, há 42 anos no poder. "Vamos permitir que essa comissão veja o que se passa no terreno, sem nenhum obstáculo."
Na última quinta-feira, o promotor-geral do Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, Luis Moreno Ocampo, afirmou que irá investigar o ditador e seu círculo mais próximo --incluindo alguns de seus filhos-- por possíveis crimes contra a humanidade que teriam sido cometidos no país.
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