Na prática, a Sopa responsabiliza os sites caso um usuário qualquer hospede uma mídia protegida por direitos autorais. Assim, os grandes portais seriam obrigados a criar mecanismos internos para combater a pirataria. Markham Erickson, diretor executivo da NetCoalition, uma associação que inclui empresas como Google, PayPal, Yahoo e Twitter, afirmou que as companhias estudam fazer uma espécie de blecaute, organizado em conjunto por alguns dos principais portais americanos. Durante 24 horas, ninguém conseguiria realizar buscas no Google nem atualizar o Facebook ou o Twitter e fazer compras on-line na Amazon.
Ao acessar esses portais, os internautas encontrariam mensagem contra a censura na internet e sugestões para entrarem em contato com os políticos americanos. Na avaliação do perito em crimes digitais e autor do livro Manual do Detetive Virtual, Wanderson Castilho, do ponto de vista técnico, não há como os grandes portais se esquivarem da responsabilidade pela quebra de direitos autorais. O motivo é que ninguém consegue postar um conteúdo a não ser usando o serviço de algum provedor. Assim, os responsáveis pelo site tornam-se coautores da pirataria.
“É justo que os sites sejam responsabilizados, porque no fim eles acabam lucrando com a pirataria”, argumentou Wanderson Castilho. Apesar disso, uma corrente considerável de internautas é contra a Sopa por considerar impossível controlar a internet sem destruí-la. “Pode-se encontrar um meio-termo, talvez com uma discussão maior que envolva toda a sociedade”, sugeriu Castilho.
Gustavo Henrique Braga
Fonte AASP
COLABORAÇÃO
GUMERCINDO MUNI ADVOGADOS
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