Mubarak assina decreto que cria comissões para propor e monitorar implementação de reformas constitucionais
Foto: APManifestantes contrários ao presidente do Egito, Hosni Mubarak, protestam na praça Tahrir, centro do Cairo
O vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, anunciou nesta terça-feira a criação de comissões para propor e implementar mudanças constitucionais no país, enquanto manifestantes contrários ao presidente Hosni Mubarak protestam no centro do Cairo pelo 15º dia consecutivo.Falando à TV estatal egípcia, Suleiman disse que Mubarak “ressalta a importância de dar continuidade (às mudanças no país), evoluindo do estabelecimento de diretrizes à adoção de um cronograma” para uma transferência de poder “pacífica e organizada”.“Chegamos a um consenso com o diálogo em nível nacional. Um cronograma claro será anunciado para a transição pacífica”, disse. “O presidente (Hosni Mubarak) decidiu formar um comitê constitucional para examinar as emendas constitucionais que vêm sendo solicitadas.”Outras duas comissões, segundo Suleiman, irão cuidar da implementação “transparente do que for concordado entre as partes envolvidas no diálogo nacional" e da investigação dos incidentes de violência dos últimos dez dias, no Cairo.O premiê disse que tanto o comitê para as mudanças constitucionais quanto o que irá implementar as reformas acordadas no diálogo nacional passarão funcionar nesta terça-feira. A comissão que irá investigar a violência deve iniciar seus trabalhos nos próximos dias, mas seus integrantes não foram divulgados.Mais protestosSuleiman elogiou o diálogo como forma de acabar com os protestos contra o governo. "O presidente vê com bons olhos essa harmonia e acredita que ela nos coloca no caminho para sair da atual crise", disse.No entanto, dezenas de milhares de manifestantes voltaram a ocupar a Praça Tahir, no Cairo, para o 15° dia consecutivo de protestos, exigindo a saída imediata de Mubarak.Suleiman foi nomeado vice-presidente por Mubarak no início da crise no que analistas dizem ter sido uma medida adotada para apaziguar os ânimos dos manifestantes. No entanto, os protestos prosseguiram, exigindo a saída do presidente, há quase 30 anos no poder.A Irmandade Muçulmana, principal grupo de oposição, disse nesta terça-feira que as propostas do governo até o momento são "parciais" e voltou a pedir a saída de Mubarak.
O vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, anunciou nesta terça-feira a criação de comissões para propor e implementar mudanças constitucionais no país, enquanto manifestantes contrários ao presidente Hosni Mubarak protestam no centro do Cairo pelo 15º dia consecutivo.
Falando à TV estatal egípcia, Suleiman disse que Mubarak “ressalta a importância de dar continuidade (às mudanças no país), evoluindo do estabelecimento de diretrizes à adoção de um cronograma” para uma transferência de poder “pacífica e organizada”.
“Chegamos a um consenso com o diálogo em nível nacional. Um cronograma claro será anunciado para a transição pacífica”, disse. “O presidente (Hosni Mubarak) decidiu formar um comitê constitucional para examinar as emendas constitucionais que vêm sendo solicitadas.”
Outras duas comissões, segundo Suleiman, irão cuidar da implementação “transparente do que for concordado entre as partes envolvidas no diálogo nacional" e da investigação dos incidentes de violência dos últimos dez dias, no Cairo.
O premiê disse que tanto o comitê para as mudanças constitucionais quanto o que irá implementar as reformas acordadas no diálogo nacional passarão funcionar nesta terça-feira. A comissão que irá investigar a violência deve iniciar seus trabalhos nos próximos dias, mas seus integrantes não foram divulgados.
Mais protestos
Suleiman elogiou o diálogo como forma de acabar com os protestos contra o governo. "O presidente vê com bons olhos essa harmonia e acredita que ela nos coloca no caminho para sair da atual crise", disse.
No entanto, dezenas de milhares de manifestantes voltaram a ocupar a Praça Tahir, no Cairo, para o 15° dia consecutivo de protestos, exigindo a saída imediata de Mubarak.
Suleiman foi nomeado vice-presidente por Mubarak no início da crise no que analistas dizem ter sido uma medida adotada para apaziguar os ânimos dos manifestantes. No entanto, os protestos prosseguiram, exigindo a saída do presidente, há quase 30 anos no poder.
A Irmandade Muçulmana, principal grupo de oposição, disse nesta terça-feira que as propostas do governo até o momento são "parciais" e voltou a pedir a saída de Mubarak.