Nelson Barbosa, da Fazenda, avalia que medida resolve impasse político.
Plano, porém, implica em política de gastos públicos mais 'restritiva', diz.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, avaliou nesta terça-feira (2) que a aprovação do plano bipartidário pelo Senado norte-americano, permitindo a elevação do teto da dívida daquele país, resolve o "impasse político" que existia e deixa claro que não haverá uma "solução radical" (calote).
"Então diminui a incerteza. Mas a medida implica que a política fiscal americana tende a ser mais restritiva (com menos gastos públicos) ou menos expansionista. Uma política fiscal mais restritiva, ou menos expansionista que você queira colocar, pode ter que contar por mais tempo com o estímulo monetário. Com a manutenção de uma taxa de juros mais baixa. A taxa de juros mais baixa tem os impactos que a gente ta vendo sobre a liquidez internacional, taxa de câmbio e commodities", declarou Barbosa a jornalistas.
Com juros baixos nos Estados Unidos, os investidores internacionais tendem a buscar por remunerações mais atrativas em outros países. O Brasil, por sua vez, tem a taxa de juros real (após o abatimento da inflação prevista para os próximos doze meses) mais alta do mundo, ao redor de 6% ao ano. Com isso, tem atraído capitais, o que pressiona para baixo o dólar e, por consequência, diminui a competitividade das empresas brasileiras.
Justamente para compensar o dólar baixo, o governo brasileiro anunciou nesta terça-feira umplano de estímulo à competitividade das empresas, com medidas de desoneração, recuperação mais rápida de créditos tributários, desoneração da folha de pagamentos para alguns setores e medidas de defesa comercial, entre outras.
fonte G1
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