Em depoimento, ele alegou ter ouvido as ameaças em confissões do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, de quem era companheiro de cela na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria. O jornal Hoje em Dia teve acesso à declaração.
O detento afirmou que os acertos de Bola e Bruno são intermediados pela família do goleiro e uma dentista do Rio de Janeiro, apontada como sua noiva, que vem visitá-lo.
- A dentista conversa com o traficante, pois Bruno tem essa força no Rio de Janeiro.
Quem também estaria na suposta lista de Bruno são o delegado Édson Moreira, chefe do Departamento de Homicídios, o deputado estadual Durval Ângelo (PT) e o advogado José Arteiro Cavalcante, defensor dos interesses da família de Eliza Samudio. A modelo está desaparecida desde junho do ano passado e teria sido assassinada a mando do jogador Bruno Fernandes das Dores Souza.
A juíza de Contagem é protegida com escolta. O delegado Édson Moreira, o advogado José Arteiro e o deputado Durval Ângelo admitiram que as ameaças devem ser levadas a sério, mas se recusaram a falar sobre como estão se protegendo.
Bola ainda teria afirmado que dois homens que testemunharam apontando-o como autor de um homicídio contra um carcereiro da Polícia Civil, também estão na mira para serem mortos por vingança.
O detento afirmou que ao fazer essas revelações Bola também teria confessado participação no assassinato de Eliza Samudio.
Outra revelação do presidiário foi que Bruno teria feito um planejamento no qual, se condenado, "iria fingir estar doente para que, ao ser retirado da prisão, ser resgatado quando estivesse a caminho do médico".
Ao longo das declarações que prestou à Justiça, em sigilo, Jailson disse que o desejo de vingança arquitetado por Bola seria colocado em prática em caso de condenação aplicada contra ele e Bruno.
"Cinzas no rio"
Nas confissões que fez para o companheiro de cela na Nelson Hungria, Bola afirmou, ao assistir a uma reportagem em uma emissora de televisão sobre o paradeiro de Eliza Samudio, que a mulher não poderia ser localizada porque "só se os peixes falassem, pois matou-a, queimou-a no pneu, e jogou as cinzas no rio".
O Tribunal do Júri do Estado negou na quinta-feira (2), novamente, liberdade ao réu Luiz Henrique Romão, conhecido como Romão, que figura nos autos do processo como um dos suspeitos de envolvimento no desaparecimento e suposta morte de Eliza Samudio.
Veja vídeo sobre o pai de Eliza Samudio:
Denúncias contra Bruno são factoide, diz advogado
Defensor de goleiro afirma que representou na OAB contra suposto autor da denúncia
Lucas Prates/17.12.10/Jornal Hoje em Dia
O advogado que representa o goleiro Bruno Fernandes, Claudio Dalledone, qualificou nesta sexta-feira (3) como “factoide” a denúncia feita por um presidiário contra seu cliente. Dalledone diz ter entrado com uma representação contra o advogado Francisco Ângelo Carbone Sobrinho, que representa o autor da denúncia, o presidiário Jaílson Alves de Oliveira.
– É um factoide criado por pessoas mal-intencionadas. Inclusive já pedi instauração de inquérito policial e investigação da OAB nesse caso.
O traficante Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, integrante de um grupo criminoso carioca e foragido da polícia do Rio, seria o homem indicado ao goleiro Bruno para matar a juíza do Tribunal do Júri da comarca de Contagem, Marixa Fabiane Rodrigues. A denúncia é investigada pela Polícia Civil e surgiu quando a Justiça de Contagem (MG) ouviu Oliveira.
Em depoimento, ele alegou ter ouvido as ameaças em confissões do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, de quem era companheiro de cela na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria.
Segundo Dalledone, o advogado de Jaílson já trabalhou na defesa de Bruno e é um dos autores da tese de que Eliza está viva. De acordo com o representante do goleiro Bruno, esse advogado foi destituído de sua função “por ser um inábil tecnicamente”.
– Por agir de forma temerária, ele se bandeou para o lado da acusação.
Dalledone qualifica a atitude do advogado de Jaílson como “criminosa”. Para ele, o defensor do denunciante incorreu em infração ética e crime de patrocínio infiel (quando um advogado usa informações de seu cliente de forma que o prejudique).
O traficante Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, integrante de um grupo criminoso carioca e foragido da polícia do Rio, seria o homem indicado ao goleiro Bruno para matar a juíza do Tribunal do Júri da comarca de Contagem, Marixa Fabiane Rodrigues. A denúncia é investigada pela Polícia Civil e surgiu quando a Justiça de Contagem (MG) ouviu Oliveira.
Em depoimento, ele alegou ter ouvido as ameaças em confissões do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, de quem era companheiro de cela na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria.
Segundo Dalledone, o advogado de Jaílson já trabalhou na defesa de Bruno e é um dos autores da tese de que Eliza está viva. De acordo com o representante do goleiro Bruno, esse advogado foi destituído de sua função “por ser um inábil tecnicamente”.
– Por agir de forma temerária, ele se bandeou para o lado da acusação.
Dalledone qualifica a atitude do advogado de Jaílson como “criminosa”. Para ele, o defensor do denunciante incorreu em infração ética e crime de patrocínio infiel (quando um advogado usa informações de seu cliente de forma que o prejudique).
Oliveira afirmou que os acertos de Bola e Bruno são intermediados pela família do goleiro e uma dentista do Rio de Janeiro, apontada como sua noiva, que vem visitá-lo. Dalledone, que também representa a dentista, disse estar disposto a fornecer qualquer documento para provar que as denúncias são mentirosas.
Outro lado
Carbone diz que seu cliente está correndo risco de morte. Entre as pessoas que correm risco de morte, segundo Carbone, seu cliente seria a mais vulnerável. A respeito das representações de Dalledone, Carbone afirma que são "um direito dele".
– Estou em busca da Justiça e da verdade real. Tudo o que ele [Dalledone] está dizendo é uma forma de defender o Bruno para tentar impedir que ele seja punido pelos crimes que praticaram.
Outro lado
Carbone diz que seu cliente está correndo risco de morte. Entre as pessoas que correm risco de morte, segundo Carbone, seu cliente seria a mais vulnerável. A respeito das representações de Dalledone, Carbone afirma que são "um direito dele".
– Estou em busca da Justiça e da verdade real. Tudo o que ele [Dalledone] está dizendo é uma forma de defender o Bruno para tentar impedir que ele seja punido pelos crimes que praticaram.
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